NÃO PERCA OS ÚLTIMOS DIAS DA 5ª BIENAL DO MERCOSUL

A poucos dias do fim da exposição, ainda há tempo para conhecer a 5ª Bienal do Mercosul, abrigada em diversos espaços da cidade. Cada um deles reserva uma característica e proporciona aos visitantes um outro olhar sobre a cidade.

        A 5ª Bienal do Mercosul se aproxima de seu encerramento, que ocorre no dia 4 de dezembro. Entretanto, ainda há tempo para conhecer esta que é a maior mostra de arte contemporânea latino-americana. A exposição está em diversos espaços de Porto Alegre, com entrada gratuita em todos, de terça a domingo, das 9h às 21h. Cada um dos locais de exposição reserva suas características e proporciona aos visitantes um outro olhar sobre a cidade. Confira o que cada ambiente da mostra reserva para os últimos dias de visitação:

        Armazéns do Cais do Porto: Abrigando dois vetores temáticos e dois especiais da 5ª Bienal do Mercosul, o Cais do Porto é parada obrigatória para os visitantes da mostra, com espaços amplos que permitem a exposição de obras que necessitam maiores dimensões. Os armazéns do Cais, do A3 ao A7, acolhem o núcleo contemporâneo dos vetores temáticos Da Escultura à Instalação e A Persistência da Pintura; a mostra A Aventura da Coerência, de esculturas do artista homenageado Amilcar de Castro; e o vetor especial Fronteiras da Linguagem, com artistas de fora do Mercosul, que foram incluídos pela importância de seus trabalhos no contexto artístico contemporâneo. No total, são cerca de 70 artistas com trabalhos no Cais, que ocupam, aproximadamente, 10 mil metros quadrados. É no armazém A3, que se pode conferir, por exemplo, uma das obras mais visitadas da 5ª Bienal do Mercosul, Ilusión, ou a casa cor-de-rosa de pelúcia, como também é conhecida, da artista Raquel Schwartz. Outra obra de destaque é a pintura de Sandra Cinto, da série Noites de Esperança, exposta no A6, que lembra um céu estrelado.

        Largo Glênio Peres: Neste espaço, que se localiza em frente ao Mercado Público de Porto Alegre, está a exposição Esculturas Monumentais, com sete obras do artista Amilcar de Castro feitas em aço, que estão dispostas no próprio passeio público, alterando a paisagem do local e permitindo total interação com o grande público que diariamente passa pelo local. O artista mineiro, falecido em 2002, é considerado um dos maiores escultores brasileiros da segunda metade do século XX e foi um dos expoentes do movimento neoconcreto - que reorientou o construtivismo no Brasil.

        Memorial do Rio Grande do Sul (Praça da Alfândega, s/nº): Exibe os vídeos inseridos no vetor Direções no Novo Espaço em seu auditório. Fazem parte da programação vídeos do artista brasileiro Tunga; os registros das performances da chilena De Cortillas e dos mexicanos Elvira Santamaría e Guillermo Gómez-Peña; além dos vídeos dos seguintes artistas do Chile: Fernando Melo, Javiera Torres, Manuela Vieragallo, Michelle Letelier, Néstor Olhagaray e Yael Rossemblut.

        Museu de Arte Ado Malagoli - Margs (Praça da Alfândega, s/nº): Este espaço, reconhecido como o principal museu de arte do Estado gaúcho, acolhe na 5ª edição da Bienal do Mercosul o núcleo histórico Experiências Históricas do Plano, integrante do vetor A Persistência da Pintura. Nesta exposição, estão as obras de artistas que adotaram o abstracionismo geométrico e seus desdobramentos em seus trabalhos. O vetor A Persistência da Pintura procura mostrar que, apesar de decretada sua morte inúmeras vezes, no século passado, a pintura, depois que se livrou dos enredos da representação acadêmica, explorou a superfície da tela com audácia e aponta, muitas vezes, para uma nova representação. No Margs, estão trabalhos do argentino Juan Melé; da boliviana Maria Luisa Pacheco; dos brasileiros Abraham Palatnik, Alfredo Volpi, Aluísio Carvão, Décio Vieira, Geraldo de Barros, Hércules Barsotti, Iberê Camargo, Ivan Serpa, Luiz Sacilotto, Maria Leontina, Milton Dacosta, Mira Schendel, Rubem Ludolf e Waldemar Cordeiro; da chilena Matilde Perez; e dos uruguaios Manuel Espínola Gómez e Washington Barcala.


Matilde Perez.
Foto: Tânia Meinerz/Pressphoto

Amilcar de Castro.
Foto: Edison Vara/Pressphoto

        Museu de Comunicação Social Hipólito José da Costa (Rua dos Andradas, 959): O segundo pavimento do local e mezanino apresentam a importância de Amilcar de Castro como programador visual. O artista foi o grande responsável pela reforma gráfica do Jornal do Brasil nos anos 50. É possível comparar a diagramação do jornal antes e depois da reforma implantada por Amilcar, além de pinturas feitas pelo artista para outros materiais, como para uma série de livros de Franz Kakfa. Além desta exposição de Amilcar, no Museu de Comunicação também estão expostas, no térreo, as obras dos artistas Silvia Rivas (Argentina), Patricio Crooker (Bolívia), Pablo Leon de la Barra (México) e Paz Encina (Paraguai), do vetor Direções no Novo Espaço.

        Orla do Guaíba: É neste cenário da capital gaúcha que ficarão os quatro presentes que a 5ª Bienal do Mercosul deixará para Porto Alegre. Trata-se das obras dos artistas José Resende, Carmela Gross, Mauro Fuke e Waltercio Caldas. Todas elas têm por característica permitirem a interação com o público, e serem, além de obras de arte, equipamentos urbanos. O trabalho de José Resende é uma plataforma de aço que avança 28 metros da calçada, da qual fica suspensa; o de Carmela Gross consiste em uma escada com 16 degraus desalinhados, com 23 metros de largura; enquanto o trabalho de Mauro Fuke é formado por 648 blocos de concreto que juntos formarão três ilhas, sobre as quais as pessoas estarão convidadas a sentar e subir. A obra de Waltercio Caldas, intitulado Espelho Rápido, será uma escultura composta por plataforma em quatro níveis, elementos de aço inoxidável e pedras naturais. Juntos, os quatro trabalhos compõem o vetor Transformações do espaço público.

        Paço dos Açorianos (Praça Montevidéu, 10): No Paço, o visitante pode conferir obras do vetor Direções no Novo Espaço, com os trabalhos dos artistas Narda Alvarado, da Bolívia; Miguel Rio Branco e Paulo Vivacqua, do Brasil; e Lazo, do Chile. O vetor explora o uso de novas técnicas desde a fotografia e o vídeo, até o uso dos meios digitais na arte. O destaque fica por conta de Residuu, instalação sonora do artista carioca Paulo Vivacqua, localizada no porão do local, projetada especialmente para o espaço. A obra utiliza vidro, espelhos, chapas metálicas e alto-falantes de diferentes tamanhos para trabalhar uma diversidade de sons que mudam de acordo com o material utilizado e com as diferentes vibrações provocadas no espaço. O trabalho da videoartista boliviana Narda Alvarado é outro destaque que também pode ser conferido no local, com os vídeos Olive Green e Del Atlántico con Amor. Em Olive Green, vemos o registro de um engarrafamento provocado pela artista em que a Polícia Nacional de Trânsito pára em frente aos carros em uma avenida movimentada para comer uma azeitona.

        Santander Cultural (Rua 7 de Setembro, 1028): Abriga o Vetor Da escultura à Instalação, Núcleo Histórico: A (re)invenção do espaço, reunindo o trabalho de diversos artistas pioneiros na exploração das relações da forma com o ambiente. No andar térreo do Santander, encontram-se as obras dos artistas argentinos Carmelo Arden Quin e Enio Iommi; dos brasileiros Amilcar de Castro, homenageado da mostra; Franz Weissmann e Sergio Camargo Brasil; dos uruguaios Américo Spósito, Nelson Ramos; e do suíço Max Bill. Na Galeria do espaço, estão os trabalhos dos brasileiros Arthur Luiz Piza, Hélio Oiticica, Lygia Clark e Willys de Castro; e do mexicano Ulises Carrión. Entre as obras de destaque encontra-se a intitulada Unidade Tripartida, de Max Bill, premiada na primeira Bienal de São Paulo, em 1951; e Cubo Vazado de Franz Weissmann, peça também premiada e considerada fundamental ao neoconcretismo. O espaço oportuniza também conhecer a obra do argentino Carmelo Arden, um dos primeiros artistas a trabalhar com a questão do espaço na América Latina. Também se pode ver obras de Lygia Clark, demonstrando na obra Casulos a "transmutação de seu trabalho, que sai do plano (pintura) e parte para objetos que se deslocam na tela", conforme explica a curadora-assistente do núcleo histórico, Neiva Bohns.


Sérgio Camargo.
Foto: Tânia Meinerz/Pressphoto

Visitação Santander.
Foto: Edison Vara/Pressphoto

        Usina do Gasômetro (Avenida Presidente João Goulart, 551): Na Usina está abrigado o vetor temático Direções do Novo Espaço, que apresenta as obras de 42 artistas que fazem uso de mídias tecnológicas como fotografia, cinema, vídeo, computador e Internet. Além das performances que ocorreram no local; como a do artista gaúcho Elcio Rossini e a do mexicano Guillermo Gómez-Peña; o vetor é representado por artistas de grande reconhecimento pelo trabalho que desenvolvem com novas alternativas proporcionadas pelos avanços da tecnologia. Entre eles estão Diana Domingues, Bia Medeiros, Sol Mateo, Laura Erber, Paulo Jares, Fredi Casco, Ricardo Migliorisi, Enrique Aguerre e Oscar Miguel Bonilla Lasalvia.


Visitação Gasômetro.
Foto: Edison Vara/Pressphoto

Elcio Rossini.
Foto: Edison Vara/Pressphoto


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